Como reconfigurar a modernidade à luz do estado de coisas contemporâneo? Até que ponto o agora, em sua imprecisão e multiplicidade, oferece subsídios consistentes para se pensar a temporalidade que o define e o indefine simultaneamente? Em que medida as noções de espaço, centro e periferia se articulam às formas de subjetividade e intersubjetividade que incidem nas paisagens do presente? Como o poder humano sobre a natureza propicia a emergência de políticas capazes de controlar aquilo que chamamos de vida? Essas e outras questões são tratadas pelo filósofo e escritor chileno Hernán Neira. Valendo-se de um repertório conceitual instigante e inovador, tanto no campo da filosofia política quanto no da crítica cultural, ele discute as aporias do presente, articulando modernidade, globalização, biopolítica, economia, ontologia e espaços culturais contemporâneos.