São contemplados nesta coletânea temas da saúde, que extrapolam a exclusividade do olhar dirigido ao órgão e à doença; temas que mesmo tendo origem na prática biomédica, buscam abordar a saúde inscrevendo-a nas relações e nos processos de interação social. O indivíduo é fundamentalmente considerado um ser inscrito na cultura, portanto simbólico. Redefinem-se os fatos da vida, escapando dos limites da biomedicina e sua segmentação do ser. Nesse sentido o adoecer é compreendido como processo que afeta não só o corpo e muito menos o órgão. As doenças do corpo são também “doenças da alma”. A proposta é entender este processo levando em consideração os diferentes níveis de atendimento à saúde realizados pelo SUS.