Nos dez depoimentos coletados neste livro, pessoas de diferentes perfis, que se tornaram cegas após os treze anos de idade, mostram o quanto suas trajetórias foram dificultadas ou interrompidas. Para compreender essa trajetória, a autora procura na filosofia, na sociologia, na religião e na literatura mapear o imaginário sobre a visão. Investiga o conceito de normalidade presente na medicina, o papel das mulheres como mães e cuidadoras, os jogos teatralizados das relações sociais, a formação do preconceito e a sua manutenção e as diferentes estratégias de reestruturação subjetiva.