Em “Pensamento Jurídico Moderno e seus desencontros com a biotecnologia”, segundo volume da Coleção Direitos Humanos, a autora aborda a construção histórica do pensamento jurídico moderno, seu processo de abstração e sua incongruência e estranhamento com a vida e o corpo. Sua análise crítica perpassa o pensamento, sobretudo, de Michel Foucault e seu conceito de biopolítica. Da hipótese do estranhamento entre vida e direito, analisa a realidade biotecnológica e tecnocientífica e algumas das situações por elas trazidas que flagram tanto a insuficiência das categorias abstratas do direito moderno, quanto o biopoder imanente nas técnicas de manipulação da vida por elas viabilizadas. A obra faz uma abordagem teórica, histórica e filosófica do direito, tornando possível se levantar véus, questionar verdades supostamente absolutas e desconstruir o obsoleto, para, a partir de uma visão mais clara e uma compreensão mais lúcida, acompanhar o desenvolvimento científico, sem pretensões fáusticas.