Maria Lúcia Mello e Oliveira Cacciola é responsável por um completo rejuvenescimento da leitura e interpretação de Schopenhauer no Brasil. Graças a ela um grupo cada vez mais crescente de pesquisadores se volta para a obra do autor de O mundo como vontade e representação. Se hoje este autor é estudado de forma séria e sistemática no Brasil, isso se deve ao trabalho de Maria Lúcia, que não apenas soube nos mostrar um Schopenhauer crítico e antidogmático (fecundo e original como sua própria tese), mas também formou uma série de pesquisadores que desbravaram as profundezas da filosofia clássica alemã (de Kant a Nietzsche, passando por autores “menores” como Schulze, Reinhold, Jacobi e outros), inspirados sempre pela postura antidogmática e franca de sua orientação. Graças a esse trabalho, o cenário filosófico brasileiro conta com uma série de jovens pesquisadores que conseguiram elevar o nome do Brasil a uma referência no que diz respeito à pesquisa acadêmica sobre a história da filosofia alemã. Mais do que uma merecida homenagem, Dogmatismo e Antidogmatismo: Filosofia Crítica, Vontade e Liberdade é também uma grande oportunidade de reflexão e contribuição ao pensamento crítico contemporâneo.