O ponto de partida aqui é a obra Novas Cartas Portuguesas (1972), de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, em diálogo com Cartas Portuguesas (1669), cuja autoria é atribuída à freira Mariana Alcoforado, marcada pela militância política e feminista, denunciando a opressão e a exploração da mulher, buscando assim, pela transgressão, libertação e emancipação femininas. Com sensibilidade e sabedoria, Priscila Finger do Prado atualiza as Novas Cartas Portuguesas ao introduzir uma nova personagem, não por acaso, PFP, a escrever para as “manas”. Passado e presente são colocados sob os mesmos olhos críticos, buscando-se respostas para a mulher portuguesa e para a brasileira, rompendo com toda a forma da clausura geradora do silêncio.