Decisões e ações econômicas exercem influência significativa sobre as vidas dos seres humanos e sobre o meio ambiente natural. Deve-se, portanto, por preceito ético, observar, adequada e simultaneamente, o efetivo compromisso com o reconhecimento universal da dignidade humana e com a sustentabilidade ambiental. Essa é a ideia central que suscitou o desenvolvimento da reflexão empreendida neste livro. Propõe-se uma perspectiva desenvolvida a partir da ética da virtude, cuja origem remonta a Aristóteles, e de uma concepção de ética ambiental identificada como antropocêntrica e ambientalmente responsável, em conformidade com a ideia de que a ação genuinamente ética precisa manter engajamento com o bom e o bem, para si e para os outros. Em síntese, entende-se que uma sociedade decididamente comprometida com a dignidade humana não pode ser insensível à permanência de condições de vida indignas; que o compromisso social ambiental efetivo e consequente requer adotar medidas de abrangência coletiva, incentivadas por meio de política fiscal e monetária; que o conceito de viabilidade econômica deve priorizar a observação desse duplo compromisso.